| A VISÃO DA ORTOPEDIA E DA ORTODONTIA SEGUNDO A ODONTOLOGIA INTEGRAL ANTROPOSÓFICA
                                                      
 Letícia Salazar Malta(**), 
Maria  Dilurdes Nunis(**), 
Cláudia Gianini Consolo(*), 
Célia Regina Lulo Galitesi(*)
 
 Ao procedermos um diagnóstico ortopédico e  ortodôntico dos pacientes, além do exame clínico, vários exames complementares são  necessários. Estudaremos a análise radiográfica, análise de modelos, a análise  facial e funcional.
 O diagnóstico ortopédico e ortodôntico pela  visão integral antroposófica, amplia a anamnese, entretanto, torna os  diagnósticos mais específicos. Olhamos o paciente como um todo, não apenas  examinado uma parte do seu corpo que é a boca.
 
 Partindo do princípio que cada indivíduo  possui uma hereditariedade, um temperamento, um biótipo, uma biografia, observamos  além do exame, e das medidas físico-corporeas. onde além de analisarmos os  dados convencionais científicos, pesquisamos outros fatores: os denominados:  sistemas “neuro-sensorial, rítmico e metabólico-motor” e as organizações físico,  etérico, astral e o Eu.
 
 Não necessitamos atuar radicalmente como  seguidores de técnicas ortodônticas de medidas cefalométricas, tendo como  exclusiva meta: a visão técnica e racional unicamente.
 
 Buscamos entender como este ser humano veio  ao mundo, o seu desenvolvimento corporal, emocional e suas funções vitais  conhecendo um pouco os processos arquetípicos que guiaram a formação dos  dentes, simultaneamente à edificação de seu pensar,  sentir, e atuar.
 
 Quantas vezes, eles nos procuram  queixando-se de dores, com sérios problemas de oclusão, e ao examiná-los  observamos que não apresentam apenas problemas orais. Normalmente encontramos  outros problemas associados: orgânicos, emocionais ou ambos.
 
 Temos observado que tratando somente a  boca, não equilibramos o todo, mas quando atuamos juntos, paciente-dentista, e  de modo a incluir o atendimento interdisciplinar, na área que se mostre  necessária, aumentando a resolução de diversos problemas orais e solucionando  disfunções orgânicas a este relacionadas, assim,  muitos casos são eficientemente tratados.
 
 Com isso vivenciamos a realidade que ‘o  paciente não é somente uma boca’, mas um ser integrado, onde seu quadro  sintomatológico pode não ser focal e isto aponta para a necessidade de uma  compreensão abrangente do ser humano.
 No  final do século XIX, na Europa, Rudolf Steiner citava: "quão significativo  para o tratamento tambm do caso específico: “DENTES”  é o conhecimento de todo o homem que está à  nossa frente"... e a interação das disciplinas é de "extraordinária  significância para o julgamento da organização integral do homem."
 
 O paciente quer ser reconhecido como  indivíduo, buscando sua identidade. Sua grande pergunta é : "Quem sou  Eu?"  intensifica-se com isso a  procura por profissionais que percebam, que compreendam e  tratem seus pacientes como seres humanos  individualizados.
 Os autores são cirurgiões dentistas formados em O.I.A. e são  especialistas em: *Ortopedia Funcional dos Maxilares e **Ortodontia |